As mudanças na sociedade sempre ocorreram “lentamente”, não é por acaso que o pensamento vigente em nosso mundo atual, ainda é o pensamento dos séculos XVIII e XIX. Devido a velocidade em que as informações chegam atualmente o processo de mudança também está sendo acelerado. O que era inissível nos anos noventa está tornando-se algo normal em 2012, mesmo que muitas vezes contrarie a legislação vigente.
Sobre legislação precisamos compreender que é a cultura e o pensamento vigente que muda a norma, pois ela é criada para que a minoria resistente ao “pensamento” da época e a incorporá-lo. No Brasil, é notório que as leis que foram criadas para mudar a “cultura” comportamental simplesmente não “pegaram”, ou seja, não são aceitas pela maioria. Precisamos compreender que qualquer luta política a primeiro pelo processo de conscientização das “massas”. Depois pela conscientização da “elite dominante” (por meio do lobby), isso é clássico na política.
O discurso da “unificação” e da “desmilitarização” nunca ganhou força, desde que iniciou nos anos sessenta, pois nunca houve a conscientização das massas e da elite dominante, essa, “militarizada”, sempre abafou o discurso. Os atuais políticos são filhos dessa elite. E mantém o pensamento do ado. Os discursos da unificação sempre foram vazios, pois sempre focaram na “unificação salarial”, algo utópico em nosso país. Já o discurso da desmilitarização sempre fora feito sem explicar o como, ainda mais vazio!
Uma luta política é iniciada com a conscientização, depois precisa de um método, que a pelo planejamento, pela mobilização e pelas ações efetivas. O mais difícil não é pensar, não é planejar, o mais difícil é encontrar pessoas dispostas a lutar, pessoas dispostas a abandonar a zona de conforto, pessoas dispostas a pagar o preço pela liberdade. Antes de falarmos em unificação e desmilitarização temos que discutir qual seria o modelo que substituiria o atual. Temos que falar em municipalização da segurança pública, temos que convencer as elites a discutir o tema, precisamos nos desmilitarizar culturalmente, além é claro de também nos “unificarmos” culturalmente com as outras corporações…
Não tenho dúvidas de que a polícia precisa mudar, de que a polícia está mudando e de que a polícia vai mudar. A construção é diária. Palavras geram pensamentos, pensamentos geram sentimentos, sentimentos geram ações, ações geram resultados! Acredito no poder da Palavra semeada aqui todos os dias! Separados somos fortes, juntos somos imbatíveis!
Unificação e desmilitarização no Brasil
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