A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga um tumulto envolvendo o deputado Roosevelt Vilela (PSB, na foto em destaque) e aliados do também distrital Hermeto (MDB). A confusão ocorreu na madrugada desta sexta-feira (08/11/2019), dentro do restaurante Igglus, localizado no Núcleo Bandeirante. A 11ª Delegacia de Polícia apura o caso. Investigadores analisarão um vídeo gravado durante o episódio.
De acordo com a ocorrência, Roosevelt afirma ter sido agredido por três indivíduos após ser filmado sem permissão. Erinaldo Vieira Ferreira, Lucas Vieira Ferreira e Luan José Magalhães estão envolvidos no episódio. Um dos acusados teria, segundo o socialista, provocado o parlamentar e disparando o nome de Hermeto de forma provocativa. Ambos disputam eleitores do Núcleo Bandeirante e Candangolândia. Erinaldo nega e disse que, depois de fazer comentários políticos, o segurança do parlamentar o agrediu.
Segundo relatos de testemunha, Roosevelt estaria no local com uma amiga da ex-mulher do adversário emedebista. O ex-casal a por uma separação turbulenta, com trocas de acusações. A companhia do socialista teria sido motivo para as provocações. O distrital também afirmou ter percebido que estava sendo filmado durante as investidas e pedido para que interrompesse a gravação, o que não teria ocorrido.
Um amigo de Roosevelt teria percebido a filmagem e tomado o telefone de um simpatizante do adversário. Em seguida, os dois homens que estavam com ele foram para cima do amigo do distrital para recuperar o aparelho, quando uma briga generalizada começou. O distrital teria sido agredido por trás pelos acusados, que afirmam apenas terem separado a briga.
A Polícia Militar (PMDF) foi acionada e levou todos para a delegacia dentro das viaturas, com exceção de Roosevelt, que se dirigiu à DP no carro oficial. De acordo com policiais que atenderam a ocorrência, “os autores tentaram se esconder e evadir, porém foram encontrados e presos em flagrante”, registra. Roosevelt informou ter sido encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo de delito.
No depoimento, uma das testemunhas confirmou a versão do bombeiro da reserva e acrescentou que, após o término das agressões, Alberto Carvalho e Humberto Carvalho, ambos irmãos do do Núcleo Bandeirante, Adalberto Carvalho, indicado ao cargo pelo deputado Hermeto, chegaram ao local.
“Um deles teve o ao celular que foi utilizado por um dos autores para filmar a vítima, entregando o aparelho a um dos policias que compareceram ao local. Ainda segundo essa testemunha, ela não sabe como o referido celular estava em posse de um dos irmão mencionados.”
O outro lado
À reportagem, o deputado Roosevelt Vilela reafirmou ter sido vítima de agressões e disse repudiar “qualquer tipo de violência”. O distrital declarou ainda que quer acompanhar o desdobramento das investigações do caso. “O parlamentar vai solicitar apoio policial, já que existem indícios de crime premeditado e efetivado por meio de covardia, que pode ter sido motivado devido a sua atividade parlamentar”.
Também acionado, o deputado Hermeto afirmou ter sido surpreendido com a notícia. “Estou de atestado, em luto pela morte da minha irmã, quem me conhece sabe que repúdio qualquer tipo de agressão.”
A coluna procurou ainda a istração do Núcleo Bandeirante para garantir espaço ao Adalberto Carvalho, mas o órgão não havia se manifestado até a última atualização deste texto.
Os outros três acusados afirmaram à polícia que, da mesma forma que o distrital socialista, foram vítimas de agressão. Lucas Vieira Ferreira e Luan José Magalhães, especificamente, declararam ter entrado na confusão apenas para tentar “separar a briga”.
Por nota, a defesa dos envolvidos “nega veementemente que os senhores Erinaldo, Lucas e Luan tenham ofendido ou agredido o deputado Roosevelt”.
Segundo o advogado Mário Thiago Gomes de Sá Padilha, “a dinâmica dos fatos não ocorreu conforme o narrado pelo deputado, que se exaltou ao saber que foi filmado ofendendo o senhor Erinaldo e proferindo palavras de baixo calão sobre o deputado Distrital Hermeto. Os fatos serão provados no decorrer do inquérito policial”.
Informações do Portal Metrópoles