Em dois serviços consecutivos na área de Águas Claras duas ocorrências chamaram minha atenção. Um roubo próximo ao Taguatinga Shopping, onde subtraíram um celular (Iphone) de um jovem e um possível furto no Sesc de Taguatinga, onde levaram um celular (J5) de uma jovem. O interessante é que nas duas ocorrências não predemos ninguém, mas vi a satisfação no rosto das vítimas e senti em meu coração a verdadeira “sensação do dever cumprido”.
Ambos foram encontrados por meio de localizador do google. O primeiro foi roubado em frente ao Taguatinga Shopping, com emprego de arma de fogo, fomos acionados e encontramos o celular em uma esquina, na QSB 12, dentro de um saco plástico, em um pequeno mato, envolto a roupas velhas. Consegui ouvir o som emitido pelo aparelho e recuperá-lo. Nossos “clientes” ficaram muito satisfeitos, e nós também.
No segundo caso, ocorrido no último domingo, fomos acionados pela guarda do quartel, pois tinham duas pessoas pedindo apoio e resolvemos dar uma atenção as vítimas. Elas afirmavam que a localização do celular estava dando como sendo próximo ao restaurante Rubinho, procuramos o aparelho em um lote vazio, mas não o encontramos. Até verificarmos um lote com várias quitinetes. Conversando com moradores e com o localizador ligado, novamente emitindo sinais sonoros, mais uma vez conseguimos recuperar o aparelho. A noite, ao chegar em casa, vi nas redes sociais a seguinte postagem:
Agradeço a senhora Laís e seu esposo Marcelo pela postagem e pelo carinho demonstrado à Polícia Militar do Distrito Federal. Fico feliz por terem acreditado em nosso trabalho e por termos tido a oportunidade de dar uma resposta satisfatória a comunidade de Águas Claras.
Durante várias ocorrências prendemos marginais e muitas vezes não vemos a mesma satisfação da sociedade ao recuperar um bem patrimonial, seja um carro ou um celular. Por isso, acredito nessa aproximação entre a polícia e a comunidade, tendo como foco os anseios da própria comunidade. Acredito que uma boa prestação de um serviço policial a mais pela satisfação do nosso “cliente” do que necessariamente pela prisão do bandido.
Deixo aqui um trabalho da pós-graduação sobre policiamento comunitário que publiquei no ado. Basta clicar aqui: Livro policiamento_inteligente – PDF